A pesquisa do Instituto DataTempo[1] sobre o cenário eleitoral de Contagem, divulgada nesta semana, traz à baila alguns números muito semelhantes ao que outras pesquisas realizadas até o fim do ano passado mostraram. Na prática, o eleitor se mostra satisfeito com a escolha feita em 2020, quando Marília Campos foi eleita para seu terceiro mandato no município. Apesar da pesquisa ser quase um “mais do mesmo” do que vimos nos últimos anos, algumas análises interessantes podem ser retiradas de seus números.
A começar pelo fato de Marília manter um alto patamar de aprovação popular ao longo de quase três anos e meio de gestão numa cidade com os desafios que Contagem tem e que naturalmente geram desgastes para qualquer gestor público. São 68,6% de aprovação – uma pequena queda em comparação com a pesquisa do mesmo instituto, feita em setembro do ano passado, que mostrava 74%.
Alguns mais preocupados poderiam dizer que a aprovação da petista caiu um pouco acima da margem de erro, de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos. Entretanto, faço outra análise. Marília manteve um elevadíssimo patamar de aprovação, mesmo num cenário explosivo do começo deste ano de 2024. É preciso lembrar que temos uma epidemia de dengue em curso desde janeiro, que as chuvas vêm causando problemas severos na cidade também desde janeiro e que os dois pré-candidatos da oposição começaram a se movimentar, especialmente a partir de janeiro, para tentar desconstruir o legado marilista na cidade.
Ainda é preciso levar em consideração o que as próprias analistas do DataTempo levantaram ao comentar a pesquisa: há uma espécie de mau humor do eleitorado com a classe política neste início de 2024. Portanto, caro leitor e cara leitora, Marília é um verdadeiro fenômeno em Contagem! Significa que nós, seus apoiadores, devemos “sentar na vantagem” e ficar vendo o tempo passar? Jamais! Significa que precisamos mostrar cada vez mais o que está sendo feito em cada canto da cidade, com mais de 550 obras e investimentos de R$ 1,5 bilhão. Precisamos mostrar cada vez mais o quanto Contagem está melhor depois que Marília voltou. O município é, de novo, sob sua gestão, um lugar para trabalhar, estudar, se divertir, se encontrar… Para viver!
Mas, voltando à pesquisa do DataTempo, um outro recorte me chamou muito a atenção. Entre os mil eleitores entrevistados, 37,4% dos que disseram ter votado em Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022 declaram voto em Marília – uma prefeita do PT. Outros 21,2% votariam em Cabo Junio Amaral, do mesmo partido do ex-presidente, e 16,9% dariam seu voto a Felipe Saliba (PRD). Na prática, o que isso quer dizer? Marília lidera inclusive entre os bolsonaristas da cidade. Quem nunca ouviu um bolsonarista contagense dizer que vota em Marília, “apesar de ela ser do PT”? A pesquisa desta semana materializa o que muitos de nós já ouvimos em algum momento na cidade. A petista subverte e vence a nuvem da polarização que paira sobre a política nacional e mundial. Marília tem se tornado um verdadeiro case: ela mantém suas posições e convicções ideológicas, mas entende a necessidade de ampliar os horizontes do diálogo franco, aberto e fraterno.
Esse apoio da direita à atual prefeita é um sinal muito verdadeiro de outra questão. A liderança de Marília é formada pelo consenso, pela busca da verdade e pela sinceridade com que ela trata a cidade e a população. Diferentemente dos adversários, que já começaram a prometer mundos e fundos na pré-campanha com soluções mágicas para tudo, Marília não é uma vendedora de ilusões. É assertiva, conhece como ninguém a gestão da cidade e é sabedora inclusive dos limites que o orçamento impõe a um gestor público. As pessoas enxergam verdade em Marília. As pessoas enxergam a presença de uma prefeita que vive verdadeiramente o dia a dia da cidade – diferentemente daqueles que aparecem a cada dois ou quatro anos, tratando Contagem apenas como um curral eleitoral que serve de mero apoio às suas pretensões políticas.
Marília está presente no supermercado, na feira do Eldorado, nas praças e parques, nas escolas, nas visitas de surpresa que faz fora da agenda oficial a postos de saúde e UPAs. Marília anda pelas ruas sem medo e conversa de igual para igual com o cidadão, sem o ar pedante de alguns gestores públicos. A prefeita não teve medo de visitar, por exemplo, a comunidade da Vila Marimbondo no primeiro dia do ano, logo após a chuva causar um tremendo estrago em casas e barracões. Os moradores, mesmo entristecidos com mais uma enchente, viram verdade no que ela falava e nos compromissos de luta que fez para seguir resolvendo os problemas. Tudo sem promessas mirabolantes e com os pés no chão.
O que relato até aqui ajuda a construir essa liderança de Marília, que vai muito além dos muros que partidos políticos podem impor em algum momento a quem ocupa o poder. Ela é adepta à conversa, ao consenso e à busca de soluções. No dia seguinte ao acirrado segundo turno da eleição de 2020, Marília mandou uma mensagem a um deputado estadual que havia apoiado o outro candidato, mas com quem ela sempre manteve uma boa relação: “Agora, nós descemos do palanque e eu preciso governar. Conto com seu apoio na cidade”. Aquela mensagem, que o próprio parlamentar me mostrou, evidenciava que a eleição havia ficado para trás e o importante, para ela, era o futuro da cidade.
Por isso, Marília é verdadeiramente republicana. Ela nada se preocupa com a desconstrução odiosa que os adversários tentam fazer dela todos os dias e está preocupada em governar a cidade da melhor maneira possível. Ela tem projeto de cidade – essa cidade do encontro que a gente vê reluzir em obras e ações públicas que privilegiam a qualidade de vida do contagense. Enquanto isso, os outros se afundam em seu próprio gasto de saliva (sem trocadilho, claro) ao deixarem de apresentar uma ideia clara da cidade que eles defendem.
A pesquisa desta semana mostra que o eleitor, de maneira geral, reconhece tudo isso. Marília venceria no primeiro turno se a eleição fosse hoje porque é boa prefeita, porque é equilibrada e porque respeita todo mundo. Em votos válidos, tem 74,6% das intenções. É o reconhecimento do valor de quem se dedicou a governar a terceira maior cidade de Minas por três mandatos. E tem tudo para chegar ao quarto, sendo a primeira – entre todos os gestores que a cidade já teve – a poder ficar 16 anos como prefeita. Nem nos tempos dos prefeitos biônicos isso aconteceu. Marília é verdadeiramente o ponto de equilíbrio político da cidade, que coloca o ódio de lado e governa para toda a cidade. Não podemos parar!
Rodrigo Freitas é jornalista.
[1] A pesquisa DataTempo foi contratada pela Sempre Editora, que publica os jornais “O Tempo” e “Super Notícia” e que mantém também o portal O Tempo e a FM O Tempo 91.7. Está registrada no TRE sob o protocolo (MG-09912/2024). Foram feitas 1.000 entrevistas domiciliares entre 5 e 8 de abril. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos e o intervalo de confiança é de 95%.