Na grande reunião das Lideranças Regionais do PT Contagem, nosso Diretório Municipal comunicou aos presentes que irá aplicar o Estatuto Partidário na questão das contribuições de petistas em cargos eletivos e cargos de confiança a partir de 1º de setembro próximo. O assunto acabou sendo a tônica de muitas das falas dos presentes.
NÃO É FÁCIL GARANTIR CONTRIBUIÇÕES SEM O DESCONTO EM FOLHA. É preciso dizer que não é tarefa fácil o funcionamento das organizações populares sem desconto em folha. Esta foi uma das razões da consolidação do sindicalismo em todo o mundo, durante um longo período, que, com base na autorização dos trabalhadores, os empregadores faziam mensalmente o desconto em favor dos sindicatos, associações de classe e outras. Outras organizações sociais – associações de bairro, estudantis, etc -, sempre encontraram muitas dificuldades políticas, mas enfrentaram dificuldades adicionais financeiras quase intransponíveis, que é a falta de sustentação financeira regular.(…) Então, é preciso dizer que o PT Contagem enfrenta dificuldades de sustentação financeira que é comum à outras organizações sociais. Enquanto o PT Contagem contou com desconto em folha, a arrecadação mensal foi expressiva, mas quando a Justiça Eleitoral proibiu esta forma de desconto, as dificuldades financeiras se tornaram imensas, até mesmo para uma tarefa modesta, que é manter uma sede aberta.
CONTRIBUIÇÕES PARTIDÁRIAS TEM EXPRESSIVO CRESCIMENTO NO MÊS DE JULHO. Se é preciso reconhecer as dificuldades para a sustentação financeira do PT Contagem pelo não desconto em folha, é preciso reconhecer também os méritos daqueles e daquelas, abnegados e abnegadas, que contribuem atualmente para o nosso partido em nossa cidade, que autorizaram o débito em conta corrente ou que pagaram com boleto bancário. No mês de julho, o número de contribuintes do PT mais que dobrou.(…) Uma preocupação que temos é que muitos filiados(as), ao invés do débito em conta, preferiram realizar suas contribuições através de boleto bancário, que é uma forma mais custosa de se manter compromissos em dia. Deixamos claro que o pagamento através de boleto é responsabilidade do filiado e filiada, e, por isso, esta forma de pagamento não deve levar a novos atrasos nas contribuições mensais.
PT CONTAGEM ALERTA SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DE CARGOS ELETIVOS E CARGOS EM CONFIANÇA A PARTIR DE 1º DE SETEMBRO, NOS TERMOS DO ESTATUTO PARTIDÁRIO APROVADO PELA JUSTIÇA ELEITORAL. O PT Contagem está buscando construir um novo tempo na sustentação financeira de nosso Partido em nossa Cidade. Não está fazendo nada de novo, apenas propondo que o Estatuto seja respeitado, coletivamente, pelos filiados e filiadas, em particular por aqueles e aquelas que ocupam cargos eletivos e cargos de confiança.(…) Em resolução recente o PT Contagem definiu: “O PT de Contagem informa a seus filiados e filiadas, ocupantes de cargo comissionado inadimplentes com o partido, deverão estar em dia com todas suas contribuições e parcelas de acordos vencidas até 1º de setembro de 2023. Após esta data, o partido tomará as medidas estatutárias”. Então, a expectativa é que avancemos ainda mais na sustentação financeira de nosso Partido.
O PT É UM PROJETO COLETIVO; A RECUSA EM CONTRIBUIR, ESPECIALMENTE DE CARGOS ELETIVOS E DE CONFIANÇA, É UMA ATITUDE INDIVIDUALISTA INACEITÁVEL. Na reunião das Lideranças Regionais, o companheiro Obelino Marques, pontuou corretamente: o PT é um projeto coletivo, ninguém ganhou nenhuma disputa política sozinho, foi tudo fruto de uma construção coletiva; por isso mesmo, estar no governo municipal, por exemplo, e não contribuir com o Partido é um desrespeito aos mais de 5.000 filiados do Partido e aos 91.000 simpatizantes do PT em nossa Cidade, que não pertencem aos quadros do governo municipal. E isto também se aplica aos cargos eletivos, no caso vereadores e vereadoras de nossa cidade: ninguém foi eleito sozinho com os seus votos apenas, foram os votos dos que não se elegeram e os votos de legenda, que garantiram a eleição de nossos dois vereadores(as). Por isso é que dizemos: a recusa em contribuir para o PT Contagem é uma atitude individualista inaceitável.(…) Agora, é óbvio, que precisamos diversificar as fontes de sustentação de nosso Partido; condição, inclusive, para o Partido sobreviver quando não for governo. Por exemplo: os chamados “filiados padrão” podem e devem contribuir regularmente, como eu tenho feito, são apenas R$ 30,00 por ano, ao invés de fazerem o acerto somente nas épocas de disputas eleitorais; e aqueles e aquelas em melhores condições financeiras podem realizar doações para a sustentação financeira partidária.(…) E para que a nova política de finanças se consolide é preciso, como o PT Contagem já se comprometeu, a realizar uma prestação de contas regular a partir dos próximos meses.
O PT CONTAGEM PRECISA DE RECURSOS PARA DEFENDER O GOVERNO MARÍLIA; SER PETISTA NO GOVERNO E NÃO CONTRIBUIR É INACEITÁVEL. No Boletim do PT Contagem sustentamos a tese de que não teremos em Contagem a polarização nacional: “Tudo indica que as eleições municipais não serão nacionalizadas, repetindo a polarização de 2022. Serão favoritos os prefeitos e prefeitas bem avaliados nos municípios, como Marília em Contagem. São diversas as razões disso. Nas eleições municipais, PT e PL serão bem votados, mas os partidos de centro, que tiveram baixa presença na eleição presidencial – PSD, PP, União Brasil, MDB, PSDB -, também elegerão muitos prefeitos e vereadores. A extrema direita não vai conseguir também transformar as eleições municipais em um “terceiro turno”, porque o governo Lula está dando certo: bom crescimento econômico; geração de 1.023.540 empregos em 2023 (janeiro a junho); aprovação do novo arcabouço fiscal; retorno dos programas sociais – Bolsa Família, Mais Médicos, reajuste real do salário mínimo; queda da inflação; forte inserção do Brasil no cenário internacional. A pauta de costumes é tipicamente nacional e, em Contagem, este debate não polarizou a população nem mesmo os vereadores e vereadoras na Câmara Municipal”.(…) Mas veja só: é bem provável que a extrema direita, liderada pelo PL e em Minas também pelo Partido Novo, vá tentar selecionar os candidatos de esquerda em Minas e no Brasil, especialmente do PT e do PSOL, como é o caso de Marília Campos, em Contagem, e Guilherme Boulos, em São Paulo, por exemplo, para tentar transformar estas disputas em embates estaduais e nacionais. Isto significa que candidaturas de extrema direita, como em Contagem, com intenções de votos ainda inexpressivas devem receber muitos recursos e muitos apoios políticos (de Bolsonaro, Nikolas Ferreira, Braga Neto e outros) para tentar “internalizar” o apoio na Cidade e tentar desconstruir, com antecedência, a petista Marília Campos. E isto já está acontecendo com um forte investimento, inclusive propaganda paga na Internet, nos últimos meses.(…) O PT Nacional, com o financiamento público de campanha, resolveu um problemaço nosso: o financiamento eleitoral da campanha para a Prefeitura; no ano de 2020, foram valores expressivos de financiamento para a nossa campanha à Prefeitura. Mas no longo período de quase um ano até as eleições de 2024, não virão recursos do PT Nacional; ou os petistas de Contagem contribuem regularmente como define o Estatuto, ou então Marília vai “apanhar politicamente” durante um ano sem quase nenhuma resposta efetiva nossa. O que temos de finanças atualmente, mal dá para manter a Sede aberta.(…) É disso que se trata portanto: o PT Contagem precisa de recursos para defender o governo Marília Campos; estar no governo e não participar da “linha de defesa” do governo é inacreditável, é inaceitável.