Integra do discurso do deputado estadual João Vitor Xavier no evento para anúncio de novos investimentos na Saúde em Contagem
(…) Eu tenho tido a alegria de toda manhã, quando abro minha agenda, ver algum convite de Contagem. Porque é tanta coisa que a Marília faz, é tanta obra que ela entrega, é tanta entrega social na escola, no posto de saúde, na melhoria de ruas, de praças, Bruno… Eu gostaria de estar aqui todos os dias, mas infelizmente a gente tem compromissos profissionais da Assembleia, de outras cidades que a gente atende e não é possível vir todos. Mas, eu quis escolher um que fosse muito simbólico para estar aqui, porque eu preciso contar para o povo de Contagem a importância de Marília Campos não só para a contagem, mas para o estado de Minas Gerais.
Minas Gerais tem uma dívida impagável com a Marília.
No final do ano passado, eu fui procurado pela Marília me dizendo o seguinte: João Vítor, os municípios têm alguns bilhões de reais para receber de volta do governo do estado e para poder utilizar para a saúde das pessoas. Nós precisamos ajudar a que isso seja resolvido. Precisamos juntar o presidente da Assembleia, precisamos juntar o secretário de saúde, governador de estado, Ministério público, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas, para que o dinheiro que está retido seja utilizado em prol, pelo bem das pessoas. Só aqui em Contagem, João Vitor, são mais de 150 milhões de reais. Ao final, eram mais de 170 milhões de reais, porque o dinheiro vai rendendo juros também. Estava lá no cofre, em vez de estar no hospital, em vez de estar na UPA em vez de estar no posto de saúde. Em vez de estar no trabalho dos servidores, em vez de estar no soro, na gaze, no bisturi de quem cuida da saúde das pessoas e em vez de estar impactando a vida de quem precisa do SUS e de quem precisa da saúde pública.
A Marília liderou um movimento que conseguiu juntar todas essas frentes, todas! E não é fácil, não é, gente? Imagine o tanto de poder que eu citei aqui, o tanto de gente que eu citei aqui. Marília Campos conseguiu juntar todo o mundo e conseguiu resolver um problema que era de Contagem, porque ela é prefeita da cidade, mas que era dos outros 852 municípios de Minas Gerais.
E hoje, todos os municípios tiveram um total de quase 7 bilhões de reais liberados graças ao movimento que foi feito pela prefeita Marília.
Então, eu queria estar aqui num evento de saúde, porque a gente sabe, principalmente depois que vivemos uma pandemia, que não tem nada mais importante do que a saúde e nada mais importante do que o SUS, do que o serviço público que temos de saúde para atender cada brasileiro, cada brasileira, cada pessoa que precisa de atendimento gratuito.
Como disse muito bem o vereador Alex, a gente muitas vezes olha o copo meio vazio. A gente vê os problemas que o nosso país tem. A gente vê o que falta a ser feito no nosso país, mas a gente esquece de valorizar o que o nosso país tem.
Pouquíssimos países do mundo tem o sistema de saúde que nós temos — que tem problema, que tem defeito, que precisa melhorar, mas que atende qualquer um, do mais pobre, que não tem o que fazer na hora do desespero de saúde… Ricardo, você conhece isso bem, porque você milita a sua vida toda na saúde… ao milionário, que às vezes está andando uma Lamborguine, numa Ferrari, bate no poste e que é levado pro João XXIII. Então, todo mundo é atendido pelo SUS nesse país. Na hora que a gente precisou de vacina, o que tinha de milionário ligando e perguntando “onde é que eu vou tomar? Porque eu nunca pisei num posto de saúde na vida”, mas que foi igual para todo mundo, porque a gente tem o SUS.
Na semana passada, prefeita, eu tive uma reunião com a cônsul dos Estados Unidos e aí, discutindo uma série de coisas, projetos… Sabe o que é que ela me falou? Na hora que eu falei assim, olha projetos de saúde… Sabe o que ela me falou, meu amigo Sendon? Ela disse o seguinte: se tem uma coisa que nosso país, os Estados Unidos, precisa aprender com o Brasil, a fazer saúde pública, porque aqui é muito melhor do que é lá. Estamos falando do país mais rico, mais poderoso do mundo, mas que não lembra de quem precisa de saúde de graça. O nosso lembra.
Então, quando a gente vê o carinho da prefeita Marília com a saúde pública da cidade de Contagem, isso muito nos alegra. Mas, a gente vê também a liderança da Marília como uma liderança madura para Minas Gerais. Como uma pessoa que tem uma vida pública bem-sucedida, tem uma vida pública bem construída, baseada na ética, no trabalho, na competência, na dedicação e na grandeza de enxergar as coisas. E aqui eu queria encerrar a minha fala dizendo que nós já estamos colhendo na saúde pública, um presente que ela deu para Minas, que é a recuperação desses 7 bilhões de reais para a saúde. Vamos viver um segundo.
A Marília teve uma coragem que é rara, que foi a do enfrentamento da divergência ideológica. Nem sempre a gente pensa igual, e ela e o Prata tiveram uma coragem grande de dizer o seguinte: olha tem outro caminho para a dívida e Minas gerais. Tem outro caminho para resolver esse problema que faz tanto mal. Porque a dívida de Minas é igualzinho à dívida que a gente tem na vida pública. Quando a gente tá gastando muito dinheiro para pagar a dívida, falta dinheiro para fazer outras coisas. E é isso que está acontecendo.
Marília foi ao meu escritório e a gente ligou junto para o senador Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. E dissemos para ele: senador, tem outros caminhos. Mandamos para ele um artigo que o Prata fez a respeito da divida de Minas. E nessa semana tivemos um dia histórico, quando o presidente do senado se sentou com o presidente da República, com o presidente da Assembleia para com o ministro da Fazenda para rediscutir a dividade de Minas.
É é muito importante que fique registrado para a história que isso começou com a prefeita de Contagem, Marília Campos, que foi quem ligou para o presidente do senado e deu essa sugestão para ele. Que ligou para o presidente da Assembleia e disse a ele o que ela entendia ser adequado ser feito. E ambos ouviram a experiência, a vivência da prefeita, com o aconselhamento técnico do Prata e a gente começa a caminhar e a trilhar um caminho de solução.
A política tem que ser feita, sim. A gente vive um momento de muita intolerância na política. Muito difícil ser prefeita. É muito difícil ser prefeito. É muito difícil ter um cargo de execução porque aparece um gaiato com um celular na mão querendo apontar um monte de problema, mas que, muitas vezes, não aponta nenhuma solução. Então, ser prefeito hoje, ser servidor público, hoje, é um gesto de coragem, coragem de servir as pessoas. E nós temos aqui uma mulher que tem coragem de servir as pessoas. Como aliás, é da distinção das mulheres que aqui eu vejo, em sua maioria.
Muito obrigado, prefeita, pela oportunidade da convivência, pela oportunidade do aprendizado. Nosso mandato está sempre a sua disposição, e a minha amizade está sempre à sua disposição porque já são muitos anos em que nós somos ligados pela amizade e pelo interesse público que é o que mais nos une. Muito obrigado.