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João Vitor Viana: Oposição pela oposição: até onde a encenação pode chegar em ano eleitoral

O ano eleitoral, a cada dia, vira um período em que normalmente a oposição aparece. Ainda que não more na cidade, que apareça, do nada, em um determinado cargo, que se acoberte um passado não tão limpo, eis a época de surgir como um super-herói, criar funções para cargos públicos, invadir locais privados, surfar na onda de pedidos do governo, tudo no intuito de ganhar mídia. Contagem sabe muito bem como tudo isto funciona.

Aliás, tentam, a ferro, fogo e “investimentos” pautar a mídia que, de forma “justiceira” acredita ser o ser influente na melhoria de uma cidade ou na realidade de um grupo de pessoas. Uma pena que, atualmente, a grande – ou pequena – mídia se pauta pelo denuncismo, pela falta de dados, pelo simples fato de ser um meio que “resolve a dor de todos”.

Neste contexto, vejo, em Contagem, uma tentativa desesperada de derrubada de conquistas, inaugurações, realizações. Não adianta um serviço ser indicado a um prêmio: há a necessidade de falar que a comida é cara, mesmo ela sendo custeada em mais de 50% pelo governo. Inaugurar um grande número de Cemeis e Upas também não fazem sentido para alguns, já que outras obras, por questões de contrato, acabaram não sendo realizadas no tempo pretendido. E isso se faz necessário evidenciar como falha! Mas há quem possa, ir além: pregar uma situação nas próprias mídias, no caso, a vacinação, sendo que num passado não muito distante, se fez apoiador de quem negava a imunização.

Num mundo onde trabalho e serviços passam a funcionar, a oposição pela oposição se sente ferida e precisa criticar. Nada está bom. Se está, buscam meios, ainda que não se sustentem, como pretexto de ódio, dor ou, ainda, pela certeza que, não sendo a situação perfeita, é preciso exigir a perfeição. E não importa se tal oposição more na cidade ou apareça a cada quatro anos: é preciso fazer discursos de ódio, com músicas ao fundo que mais lembram os programas antigos e sensacionalistas. Tudo para buscar um eleitor minimamente insatisfeito a fim de, fazer de uma gota, um oceano.

Política tem que parar de ser vista e preenchida por oportunistas, por seres de ódio e sem propostas. É necessária a presença de quem represente a população, com projetos e soluções. Vejo, em mídias variadas, a apontamento dos erros, o descumprimento de prazos, os problemas. Mas e as soluções? Bradar, gritar, apelar, invadir locais particulares no intuito de fazer um teatro de quinta categoria não faz parte deste cenário e não trazem respostas. Política é lugar de gente que se preocupa com o povo, que faz, realiza, ouve, dialoga, e que atende pedidos há anos negados pelo poder público.

No entanto, ano eleitoral é um período – talvez – preferido dos conhecidos aventureiros, que fazem o possível e o impossível pelo poder e que não possuem a menor noção de como funciona uma administração pública. Infelizmente, o que vemos, ainda que previamente e com pré-candidaturas postas, são pessoas capazes de mentir, distorcer, inventar, surfar na onda de realizações e se apropriarem de inaugurações. Isto é a chamada “política velha”, de tapas nas costas, do ódio pelo ódio e da incapacidade moral, intelectual.

Se há oposição, ela precisa ter argumentos, diálogo, soluções para, aí sim, se pôr como uma alternativa ao que, porventura, não está dando certo na visão dela. Contudo, quando a realidade anda melhor que aquilo que era “planejado”, “tudo faz parte do teatro”. Com respeito aos atores e atrizes, política não é lugar para encenação. É lugar de gente competente, com história, projetos, realizações e capacidade de gestão. E como Contagem está bem! A cidade está feliz de novo!

João Vitor Viana é jornalista

 

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