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Augusto Nascimento: Marília dos adjetivos

O duelo de narrativas que marca o período eleitoral é caracterizado pela dualidade de uma oposição atacante e um incumbente na defesa de seu mandato. Em Contagem o roteiro parece ser seguido à risca. As eleições de 2024 apontam para uma disputa composta pelos mesmos personagens do pleito anterior, com a diferença que um deles tem muito mais a mostrar e 12 anos de serviço público para defender. A prefeita Marília Campo busca seu quarto mandato à frente do Executivo Municipal e, como é a sina de todo incumbente, trabalha diariamente para que a população não seja ludibriada por vídeos e outdoors de uma oposição desesperada.

Chega a ser triste pensar como a oposição, em sua mais alta falta do que criticar ou pontuar, cria retóricas populistas para contrapor as entregas realizadas pela gestão da prefeita Marília Campos. Os adjetivos utilizados para diminuir a atuação da chefe do Executivo de Contagem acabam sendo um fogo amigo disparado por aqueles que têm pouco a dizer em direção a quem tem muito a mostrar. Em um cenário onde a polarização perde força nas pequenas e médias cidades, o uso de adjetivos para menosprezar pode ter efeito contrário se medido na balança de quem sabe gerir. Apelidos maldosos não faltam, mas alguns deles fazem sentido positivo se vistos na ótica de quem está na base, a população.

“Marília das Praças”. Que acerto. Faz sentido. Ao longo da atual gestão, foram cerca de 40 praças entregues à população, entre elas a Praça da Glória, no Eldorado, e a Irmã Maria de Paula, no Petrolândia. Ambas receberam eventos realizados pela Prefeitura e reuniram centenas de pessoas nesses espaços. O arraial do Petrolândia, por exemplo, aconteceu na Irmã Maria de Paula, enquanto a Praça da Glória recebeu o Pré-carnaval de Contagem e a apresentação da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. A população gostou. Errado é quem não foi.

Um dos alvos favoritos dos opositores, a cultura de Contagem resiste e ascende como um importante polo de Minas Gerais, isso tudo graças à “Marília da Cultura”. Em 2021, o setor recebeu um orçamento de R$3.4 milhões. Para este ano de 2024, o investimento foi 340% maior, chegando ao teto de R$15 milhões. Engana-se quem pensa, ou tem preguiça de estudar, que investir em cultura é gasto de dinheiro público. Sob o comando de Marília Campos, a Prefeitura devolveu para a sociedade a Estação Bernardo Monteiro, a Casa da Cultura Nair Mendes Moreira e a Casa de Cacos, além de iniciar o processo de restauração do Centro Cultural e do Cine Teatro Tony Vieira. Isso tudo sem falar na verba direcionada para o Fundo Municipal de Incentivo à Cultura que já contemplou cerca de 400 projetos.

Há quem diga que gostaria de morar na propaganda do PT. Justo. Em 2020, a proposta de Marília Campos para Contagem era realmente a melhor. O que antes era propaganda, hoje é transparência. O colega Rômulo Fegalli cravou o termo “Marília do Asfalto” para descrever os investimentos em mobilidade urbana, em especial o programa “Asfalto Novo”. A iniciativa, além de favorecer a qualidade das vias da cidade, ainda conseguiu impulsionar significativamente a economia do município, proporcionando a abertura de novas empresas e, consequentemente, o número de empregos, que ultrapassou o número de 27 mil novos postos de trabalho. Somente nos últimos três anos, a cidade recebeu mais de R$9 bilhões em investimento privado.

Em um movimento contrário às desigualdades no ICMS da educação surge a “Marília da Educação”, que luta para reverter a injustiça criada pela Lei 24.431. Nessa perspectiva, os mais de 147 mil alunos da rede de ensino de Contagem receberiam apenas R$9,71 por mês, enquanto uma cidade com 62 alunos receberia R$5.461,70 por estudante.

A fraude das larvas no Hospital Municipal de Contagem mostrou mais um adjetivo característico da prefeita, a “Marília da Coragem”. Poucos chefes de executivos teriam a firmeza de se pôr como principal soldado para enfrentar tamanha batalha. Assim Marília o fez. Convicta da idoneidade de seu governo, a prefeita não se acovardou em responder todas as perguntas e em mostrar que em contraponto a uma boa gestão sempre haverá alguém com interesse além do bem-estar social da população.

Os ataques sofridos por Marília Campos provenientes da oposição configuram a estrutura do jogo político-eleitoral de Contagem. Os altos índices de aprovação e intenção de voto apontam para a reeleição da prefeita, que chegaria ao seu quarto mandato na cidade, fato inédito na política contagense. É neste sentido que os opositores precisam entender que uma boa gestão é recompensada e nem mesmo vídeos on-line e outdoors podem enganar uma população que sente no dia-a-dia as mudanças e benefícios causados pelo trabalho da “Marília de Contagem”.

Augusto Nascimento é jornalista e mestre em Ciência Política pela UFMG.

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