Direto ao ponto: Contagem só cresceu e melhorou quando teve Marília Campos prefeita. A atividade político-gestora em um município (considero este o mais árduo dos cargos políticos) é um tanto complexa. Governar uma cidade tão grande e numerosa, buscar e concretizar soluções convergentes diante das inúmeras diferenças, sobretudo de necessidades, promover diálogo e consensos de forma assertiva. Mas, Marília gabaritou em todos esses aspectos, certamente à custa de um homérico esforço e graças a sua habilidade e competência que fazem tudo parecer simples. Vou elencar objetivamente algumas das várias ações da prefeita em seus três mandatos que comprovam a afirmação que abre este texto e mostram a disparidade abissal do legado de Marília para os aventureiros que ambicionam o posto sem nada oferecer.
Após exercer um mandato de vereadora em Contagem de 2000 a 2004. Marília chegou ao posto de prefeita em 2005 e encontrou uma cidade desordenada, precária, com carências de infraestrutura básica, ou seja, com muito trabalho pela frente. Uma marca deixada logo em seus primeiros anos como prefeita foram as diversas obras de fundo de vale realizadas em regiões com pouca ou nenhuma urbanização. Um exemplo é Nova Contagem, que sofria muito em períodos de chuva. Foi o início de uma transformação que melhorou a vida de milhares de famílias até os dias de hoje, e que, atualmente, foram ainda mais beneficiadas com a construção de 77 muros de contenção em áreas de risco geológico nos bairros de Vargem das Flores.
Ao longo dos dois primeiros mandatos, Marília seguiu trabalhando para levar saneamento e estrutura para diversos territórios e ampliar intervenções que resolvessem problemas resultantes de uma ocupação da cidade sem planejamento. Neste sentido, lutou e conquistou recursos e investimentos estaduais e federais para a implantação de obras que pudessem beneficiar um número cada vez maior de pessoas, inclusive para além dos limites municipais. Infelizmente, durante o período que esteve fora da prefeitura, esse processo praticamente não avançou. Mas, com seu retorno em 2021, os projetos foram retomados e hoje temos, como exemplo, a construção de quatro bacias de contenção de cheias gigantes em andamento, obras de drenagem complexas no bairro Água Branca, Novo Progresso, córrego Muniz, além da avenida Maracanã, maior obra de saneamento, infraestrutura e mobilidade do município. Quer dizer, lá atrás Marília começou a realizar ações que corrigissem falhas herdadas e preparasse Contagem para os eventos climáticos e agora dá continuidade, aprofundando ainda mais, com soluções para o presente e para o futuro de quem vive nesta cidade.
Diante do momento que o Brasil atravessa, com a tragédia sem precedentes que afeta o Rio Grande do Sul, fica escancarado o quão indispensável é que o poder público planeje melhor o desenvolvimento das cidades e se atente de forma muito especial às mudanças climáticas. Aqui em Contagem, podemos respirar aliviados por saber que contamos com uma prefeita que sempre se importou com essas questões e teve este direcionamento na sua atuação. Estamos colhendo frutos, com a redução significativa de impactos adversos, embora ainda tenhamos muitos desafios a superar, e que são prioridade para Marília. E vale fazer um adendo também à luta da nossa prefeita para impedir que projetos nocivos à sustentabilidade de Contagem avancem, como o Rodoanel Metropolitano, que, no traçado imposto pelo governo estadual liderado por Romeu Zema, destruiria a bacia de Vargem das Flores e desintegraria regiões da cidade. Óbvio que Marília não apenas breca esta obra, mas propõe alterações que viabilizam a implantação da rodovia preservando os recursos hídricos do município que abastecem também Betim e Belo Horizonte. A busca por solução segue.
Outro fato que comprova as grandes realizações de Marília Campos que colocaram Contagem em rota de crescimento é a revolução na saúde, outra bandeira que ela sempre levantou. Em 2005, quando assumiu seu primeiro mandato, Marília herdou uma situação de total calamidade. As quatro UPA’s existentes à época estavam interditadas pelo Conselho Regional de Medicina por não oferecerem condições mínimas de atendimento. A transformação começou com a construção de novas Unidades de Pronto Atendimento (JK e Vargem das Flores), reconstrução das UPA’s Ressaca e Petrolândia, implantação de diversas UBS e a criação do Centro Materno Infantil, uma das maiores maternidades de Minas Gerais, que deu surgimento ao Complexo Hospitalar, que saltou de menos de 100 leitos no início da trajetória de Marília como prefeita para atuais 410 (considerando hospital e maternidade), um dos maiores hospitais públicos do Brasil.
Novamente, no período em que Contagem não teve Marília como prefeita (2013-2020), a saúde pública ficou abandonada. A imagem que ilustra esse caos foi a demolição do antigo prédio do Centro de Consultas Especializadas Iria Diniz, fechando de modo aterrador esse cenário. Pois bem, a cidade voltou a ter prefeita em 2021. Resultado: CCE Iria Diniz reativado em local novo (agora propriedade do município, gerando economia de R$1,3 milhão por ano com aluguel), UPA Industrial inaugurada, referência em pediatria e ortopedia, todas as outras UPA’s em processo de reforma e ampliação, construção de mais duas unidades de urgência e emergência – Petrolândia e Nacional -, revitalização de todas as UBS’s e mais quatro novas, formação de mais 150 equipes de saúde da família, desbloqueio de R$170 milhões de recursos estaduais destinados ao SUS Contagem, 200 médicos contratados pelo programa “Mais Médicos”, mais de dez intervenções estruturantes no Hospital Municipal, incluindo a criação do Centro de Imagem e Unidade de AVC, abertura de 40 leitos de enfermaria e mais dez de CTI.
Apelidada pela oposição de “Marília das Praças”, nossa prefeita é reconhecida por investir no esporte, no lazer e em políticas públicas que fortaleçam a identidade de Contagem e ofereçam às pessoas opções gratuitas e diversas para o autocuidado e a socialização. Nos dois primeiros mandatos, Marília reconstruiu 135 praças em toda a cidade. Nesta terceira gestão, mais de 40 espaços já foram revitalizados. Um exemplo emblemático é o Espaço Popular do Eldorado. Lá era apenas um canteiro central com bancos e árvores na avenida José Faria da Rocha. Em 2009, Marília construiu uma área coberta que abrigou projetos sociais, principalmente voltados para a população idosa. Passaram-se 14 anos, novamente Marília ressignificou aquele local, transformando-o em um verdadeiro e belíssimo cartão postal, que tem sido cada vez mais ocupado pela população, com anfiteatro, espelho d’água, playground, academia, mirante. E muito mais: a Ressaca ganhou um complexo de esporte, lazer e cultura, o CEU das Artes, Nova Contagem também ganhará em breve um equipamento nos mesmos moldes. A cidade ganhará cinco pistas de skate que poderão sediar torneios até internacionais, o Cine Teatro está sendo revitalizado, o Parque Fernão Dias foi reaberto e hoje é palco da maior política pública para juventude já proporcionada em Contagem: o festival Geek, que reuniu mais de 30 mil pessoas na sua terceira edição, realizada em maio deste ano. Fora os vários shows com artistas de renome nacional que ocorreram por aqui nos últimos anos, a exemplo da linda e nostálgica apresentação do cantor Fagner, em homenagem ao dia das mães.
Todo este investimento mostra o cuidado de Marília com as pessoas, algo que nenhum outro gestor de Contagem jamais fez. A grandeza desse tipo de política pública se respalda no papel indispensável que o lazer e a cultura exercem na vida da gente. Pesquisa Datafolha elaborada em 2023 apontou que 54,1% das pessoas buscam atividades culturais como forma de cuidar da saúde mental, 19,4% procuram essa fonte no lazer e 17,5% em práticas físicas e esportivas, totalizando 91% dos entrevistados. O levantamento feito pelo Instituto Doxa em dezembro do ano passado apontou que 88% da população concorda e aprova a promoção de eventos gratuitos pela prefeitura. Ou seja, esta é uma estratégia assertiva e demandada pelo povo para melhorar a qualidade de vida e promover saúde, alegria e união.
No setor da educação, Marília também foi pioneira, sendo responsável pela implantação do sistema municipal de educação infantil para crianças de 0 a 5 anos, e quem mais abriu novas unidades em Contagem, ampliando o número de vagas. Nesta gestão 3, são sete Cemeis sendo construídas, 21 escolas de nível fundamental com reformas estruturantes e 60 com pequenas intervenções. Marília também criou o projeto “Escola Viva” que oferece uma gama de atividades para alunos no contraturno, investiu na inclusão e acessibilidade, com as salas de atendimento especializado para alunos atípicos, materiais pedagógicos, capacitação de professores e adaptações no ambiente. Investiu também em tecnologia, equipando as escolas com computadores, tablets, telas digitais, internet de alta velocidade, e ainda, merenda de qualidade, kit escolar, uniformes, tudo para que o ensino público da cidade se torne cada vez mais uma referência, como de fato aconteceu.
Não poderia deixar de citar também o trabalho que Marília fez e faz para transformar a mobilidade de Contagem. Em 2009, a prefeita idealizou o Sistema Integrado de Mobilidade (SIM), entregando ao Ministério das Cidades do governo federal o projeto básico e recebendo o aval para executá-lo. Marília encerrou seu segundo mandato deixando não apenas projetos, mas recursos para diversas obras e muitas realizações, como o trecho da avenida Tereza Cristina pertencente ao município (demanda metropolitana histórica), o túnel do Morada Nova, que ligou a Ressaca com o bairro Água Branca, a pavimentação de 329 ruas de terra em Vargem das Flores e Nacional, implantação de corredores de trânsito dentro do escopo das obras de saneamento citadas no início deste texto, entre outros. Agora, Marília dá continuidade com os avanços das obras do SIM, a ampliação dos viadutos Beatriz, Ceasa e Américas II, a conclusão do viaduto Integração que vai conectar ainda mais eficazmente a região Ressaca com o resto da cidade, e a avenida Maracanã, que vai dar um salto na integração com Esmeraldas, Betim, Ribeirão das Neves, Belo Horizonte, além das regiões de Contagem, como Vargem das Flores, Ressaca, Sede e Eldorado. E, claro, o programa Asfalto Novo, um investimento histórico na requalificação de ruas e avenidas da cidade que vai alcançar 17% da malha viária de Contagem até o fim deste ano.
Todos os fatos narrados aqui mostram que as conquistas mais relevantes e duradouras de Contagem ocorreram quando Marília esteve na direção do município e que existe um divisor de águas muito claro entre antes e depois de Marília. Desde o início, ela promoveu realizações permanentes que foram transformando a cidade no que ela é hoje: a terceira maior economia de Minas Gerais. Embora com fortes características industriais, ela se tornou um lugar com muitos atrativos, rica cultural e ambientalmente, propícia aos negócios, ao desenvolvimento e aos encontros. O legado de Marília é gigante, histórico, mas que ainda está em construção junto com Contagem e certamente terá continuidade nos próximos anos, porque o povo sabe do que estou falando e reconhece. As pesquisas que medem a avaliação do governo Marília e o desejo do povo por continuidade têm comprovado. Vamos por muito mais.
Rômulo Fegalli é jornalista e pós-graduado em Comunicação Pública e Governamental pela PUC-MG
NOTA
Pesquisa Datafolha. Hábitos culturais 2023 – 4ª edição. Disponível em: https://www.fundacaoitau.org.br/observatorio/habitos-culturais-2023—4-edicao
