Em outubro deste ano, os eleitores vão às urnas para cumprir o exercício da democracia na esfera mais próxima da população e, também, a mais importante da federação: o município. Ao longo dos últimos anos, a perseguição ao PT tornou desafiadora a conquista e manutenção de prefeituras pelo partido, especialmente em grandes e médias cidades.
A prioridade em se defender de injustiças, lutar contra o desmonte dos programas sociais e em discutir temas que pouco dialogam com a vida nas cidades, dificultou a preservação consistente da formulação de projetos de governo e políticas públicas municipais. Após a vitória de Lula nas eleições de 2022, é hora do PT correr atrás deste prejuízo, fortalecer a legenda e se reencontrar consigo mesmo. E diante deste desafio, Contagem é uma vitrine para o Brasil.
Com uma vida partidária intensa, organizada e com a avaliação positiva da prefeita Marília Campos, o PT Contagem experimenta um renascimento. E este movimento representa a ressurgência de valores, de compromissos e de uma visão progressista para o futuro cujo caminho passa pela síntese do DNA petista: estar perto de suas bases.
Focado na construção de setoriais, sejam eles regionais ou temáticos, nos últimos anos o PT municipal deu abrigo a lideranças comunitárias, proporcionando a formação e a formulação política na cidade. Desta forma, como diz o economista e militante José Prata, e também um ator fundamental para este processo de reconstrução, nosso partido passou a se organizar “de baixo para cima”, fortalecendo a escuta e a elaboração de projetos voltados à vida e à realidade nos territórios.
Esta forma de reorganização do partido está intrinsecamente ligada ao estilo Marília Campos de governar, que além de ter a participação popular como eixo central, nunca apostou na polarização de pautas nacionais. Discutir a cidade sempre foi sua prioridade. Não é à toa que nos últimos anos, nossa prefeita foi capaz de construir um governo de coalizão que reuniu 16 partidos em torno de seu projeto e de sua reeleição.
Outro fator que reforça o acerto de Marília na construção de uma hegemonia popular verdadeiramente democrática, são os números divulgados pelas últimas pesquisas eleitorais. Em um sistema de votação proporcional, onde a representatividade política é determinada não apenas por indivíduos, mas também por ideias coletivas, o voto é a expressão genuína das massas. E segundo o instituto DATEMPO e o Realtime Big Data, caso as eleições acontecessem hoje, Marília teria, respectivamente, 74,6% e 73% dos votos válidos.
Por isso, as pré-candidaturas do PT têm o dever de abraçar o governo municipal e se aproximar do estilo de Marília na construção de suas campanhas. Este caminho passa pelo diálogo com toda a cidade, inclusive com aqueles setores que, nacionalmente, não tem afinidade com o partido. Porque aqui em Contagem – a maior cidade governada pelo PT no Brasil – o avanço das políticas públicas e entregas do governo são amplamente aprovadas pela população.
Se durante as eleições municipais de 2020, num contexto complexo de pandemia, com Bolsonaro no poder e com um governo municipal de direita em Contagem, os candidatos à vereança pelo PT conquistaram pouco mais de 19 mil votos, hoje temos um cenário perfeito – e a obrigação – de ampliar este número a fim de solidificar uma base de governo inclinada a respaldar iniciativas progressistas para um quarto governo de Marília.
Por meio deste empenho, estaremos fortalecendo lideranças dispostas a dar continuidade ao projeto de cidade defendido pela nossa prefeita e poderemos, então, vislumbrar uma nova perspectiva para Contagem: transformá-la em um terreno fértil para o cultivo de lideranças capazes de moldar o futuro do PT em Minas e no Brasil,
Lucas Frittzes é jornalista e filiado ao PT.