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Gisa Lopes: Comércio informal e geração de renda em eventos culturais e esportivos

Em meio aos desafios econômicos e sociais enfrentados nos últimos anos, especialmente no contexto pós pandemia, a economia solidária emerge como uma alternativa promissora e eficiente de subsistência, fundamentada na colaboração, na justiça e na sustentabilidade. Esta abordagem econômica, centrada na cooperação e no apoio mútuo, não apenas pode gerar renda, mas também pode fortalecer laços comunitários, reforçar identidades e promover a inclusão social.

Eventos de todos os tipos, sejam atividades festivas, feiras, conferências ou shows, não apenas proporcionam entretenimento e cultura para a população, mas também servem como catalisadores para essa atividade comercial informal. Essa economia paralela desempenha um papel significativo no panorama econômico da cidade, impulsionando o empreendedorismo e oferecendo oportunidades de subsistência para várias famílias.

Em Contagem, a política de Economia Solidária tem recebido atenção especial e investimento público. Da relação atenciosa e parceira de gestores municipais com os empreendimentos, muito se tem alcançado, com as decisões referendadas e em sintonia com as plenárias mensais do Fórum Municipal democrático da ECOSOL. Além disso, o Centro Público de Economia Solidária oferece cursos de qualificação profissional e oportunidades de aprendizado e aprimoramento para os empreendimentos. Mas é na agitação dos eventos, que um clima de consumo se estabelece, impulsionando e promovendo bons negócios. Multidões eufóricas, embaladas na alegria de presenciar grandes shows, com artistas populares consagrados ou outra atividade de lazer, se tornam consumidores potenciais de comida, bebida, artesanatos e serviços oferecidos pelos empreendimentos de Economia Solidária, uma demanda sempre festejada pelos participantes nestes grandes eventos.

As barracas da ECOSOL já se tornaram uma tradição em Contagem, presença constante nos eventos promovidos pela Prefeitura. Seja no segmento de alimentação e bebidas ou do artesanato, proporcionam produção e consumo, com um leque de negócios vasto e diversificado. Para muitos vendedores informais, os eventos representam uma oportunidade única de alcançar um público muito maior do que o habitual. Com o fluxo constante de participantes, eles têm a chance de aumentar sua visibilidade, construir uma base de clientes mais ampla e até mesmo expandir seus negócios e suas rendas.

A geração de renda informal não apenas contribui para a economia local, mas também desempenha um papel vital na subsistência de muitas famílias. Esses empreendedores frequentemente representam grupos marginalizados ou desfavorecidos, cujo sucesso comercial causa impacto significativo na melhoria de suas condições de vida.

Nos últimos dois anos, os eventos culturais e esportivos ganharam força e regularidade em Contagem. A prefeita Marília entende e aposta nessas atividades para a promoção de bem-estar social. Eventos como o Natal de Luz, Arraiá de Contagem, Feira Mercado Afro, corridas esportivas e grandes shows são ansiosamente aguardados pelos empreendimentos da ECOSOL. Uma disputa saudável se estabelece, os interessados se inscrevem e as vagas para participação são, de maneira democrática, sorteadas. A Economia Solidária de Contagem se destaca no contexto dos Fóruns Metropolitano, Estadual e Nacional como uma grande força, intrinsecamente associada a Administração Marília Campos pela capacidade demonstrada e exemplificada em mais de 400 feiras realizadas, uma política consistente de geração de renda e impulsionamento social.

Gisa Lopes é licenciada em Artes Visuais pela Universidade do Estado de Minas Gerais e graduanda em Gestão de Projetos Culturais pela Universidade Cruzeiro do Sul. Atualmente, ocupa o cargo de Superintendente de Geração de Renda e Economia Solidária na Prefeitura de Contagem.

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