Tenho batido na tecla de que Contagem faz atualmente o maior Natal de Minas Gerais – e sem falsa modéstia – um dos maiores do Brasil. Nesta semana, a Prefeitura acendeu as luzes da cidade. São mais de 40 pontos iluminados e decorados com o bom gosto do Rodrigo Paiva, publicitário reconhecido e atual secretário de Comunicação do município. Mas, afinal, o que significa esse Natal, que inclusive traz para a cidade até mesmo gente da capital e de outras cidades da região metropolitana?
Além de todo esse clima de esperança, de fé e de confraternização que costuma amolecer até mesmo os mais duros corações, o Natal de Contagem é um grande espaço do encontro. Já falei sobre esse nosso conceito de cidade em textos anteriores (https://www.zeprataeivanir.com.br/rodrigo-freitas-qual-o-meu-projeto-de-cidade/ e https://www.zeprataeivanir.com.br/rodrigo-freitas-a-cidade-do-encontro-e-tambem-a-cidade-do-progresso/) e preciso voltar a esse assunto. Talvez quem lê o blog dos companheiros Prata e Ivanir com frequência vá me chamar, lembrando-se de Tom Jobim, de “cronista de uma nota só”. Mas é que não dá para deixar de falar nesse assunto num momento do ano em que toda a cidade se encontra em nossas praças, parques e demais espaços públicos.
Além do sentido simbólico, sobretudo para os pequenos – meu filho de 3 anos me pergunta religiosamente todos os dias “quando as luzinhas do Natal serão acesas no trabalho do papai” –, o nosso Natal carrega consigo essa marca de consolidar nossa Contagem, que outrora foi tão cinza, fria e impessoal, em uma cidade mais acolhedora, doce e feliz. O Natal de Luz de Contagem é democrático. E é por isso que ele é a confluência desse conceito de cidade do encontro em pleno fim de ano.
No Natal de Contagem, se encontram no mesmo espaço o branco, o preto, o pardo e o amarelo. Ali, estão os hetero, os homo, os bissexuais e todas as letras do alfabeto da diversidade. Ali estão juntos, no mesmo espaço, o rico, a classe média e o pobre. Ali estão confraternizando cruzeirenses, atleticanos e americanos. Ali estão empresários e trabalhadores. Tudo e todos no mesmo espaço público. Gratuito. Com a presença da Economia Solidária, que ajuda a sustentar centenas de famílias do município e com os bons food trucks, que são também fonte de renda para outros empreendedores da cidade.
A celebração do Natal resume um verdadeiro projeto de cidade que eu faço questão de repetir por aqui como mantra: é o encontro. E encontro se dá quando os espaços são qualificados. As pessoas só vão a praças e parques se eles estiverem conservados. Essas mesmas pessoas vão evitar sair do conforto de casa se não se sentirem seguras.
Neste Natal, a Praça da Glória, um dos maiores símbolos da cidade, venceu os anos de ostracismo relegado por outras gestões e ressurge como um grande exemplo dessa cidade que preza pela ocupação plena e pacífica dos espaços públicos. A Praça da Jabuticaba, construída nos governos anteriores de Marília, está tendo seu projeto original finalmente concluído, já que as gestões que a sucederam não conseguiram o feito. Outras praças e parques, se não foram construídos, foram reformados e revitalizados.
O encontro que a gente tanto preza na cidade e no governo se dá porque os espaços estão cada dia mais qualificados. O contagense pode, de novo, “consumir” a cidade. E aqui fala quem viveu uma era de cidade em que a gente não tinha muito o que fazer por aqui. Aqui fala quem precisou recorrer aos espaços públicos de Belo Horizonte na adolescência e no início da vida adulta porque não tínhamos sequer uma Praça da Glória preparada para o fluxo de pessoas. Eu me lembro de que, no começo dos anos 2000, aquele local era ponto de crimes violentos e uso e tráfico de drogas. Só mudou quando a Praça passou a ser do povo. E isso só aconteceu quando Marília chegou.
Note, caro leitor e cara leitora, o efeito dessa qualificação do espaço público na vida da cidade. Espaço público ocupado é espaço público seguro. É cidade em movimento. Cidade em movimento é economia aquecida. Economia aquecida é cidade mais próspera. Por óbvio devo concluir que Contagem hoje adequa com extrema capacidade os conceitos de desenvolvimentismo e humanismo nas ações que vêm sendo implementadas pelo governo Marília 3.
Diferentemente do que se prega em alguns governos por aí, a Prefeitura não faz apenas o mínimo de investir em saúde e educação, reduzindo seu papel a uma mera expectadora do desenvolvimento da cidade e achando que a iniciativa privada, sozinha, faz o resto acontecer. Em Contagem, a administração municipal entende seu papel indutor para o desenvolvimento. E quem diz isso não sou eu. São os próprios empresários conscientes, que veem no governo Marília Campos um aliado para que a cidade se desenvolva.
Por tudo isso, amigos, é que volto ao título deste texto: O Natal de Contagem não é apenas um Natal. Ele é uma ode a um projeto de cidade. O Natal de Contagem talvez seja o maior símbolo da esperança e da fé em um município cada dia melhor e mais justo. O nosso Natal representa o encontro: o encontro entre cada um de nós com amigos e familiares e nosso encontro com a nossa cidade, com a nossa identidade e com o jeito Contagem de ser. Celebremos a vida, celebremos o amor, celebremos a democracia, celebremos a tolerância, celebremos a convivência. Celebremos a nossa Contagem!