Se há algo que, destoa e salta aos olhos, nos últimos tempos, é a força política que permeia o Governo 3 da Prefeita Marília Campos. Não há nada parecido dos tempos de outrora realizado no Município de Contagem nos tempos hodiernos.
A agenda política é absolutamente inovadora e em conformidade com o que há de mais rebuscado nas políticas públicas universais e nos preceitos dos direitos humanos.
Decerto que, num exercício de futurologia, será uma época lembrada e premiada nos registros da história política.
O ímpeto político, do terceiro mandato, da ouro-branquense, radicada, em Contagem, é, tão avassalador, que não há espaços para narrativas desmedidas vindas das faces mais obscuras das oposições políticas. Basta verificar o alto índice de aprovação do governo. O que revela a enorme aceitação da população e a transcendência de qualquer tendência política ou espectro ideológico. E, claro, uma contribuição incisiva para dissipar quaisquer tentativas de deturpar os fatos que estão postos e consolidados. Não há força ou estabilização de qualquer nicho que consiga despejar máculas e desmantelar os feitos históricos e extraordinários.
E se, aparentemente, não há lacunas ou enquadramentos para discursos provindos do obscurantismo ou forjamento de situações com pitadas de crises artificiais na política de Contagem, ad cautelam, não quer dizer que as pujanças dissonantes dos programas progressistas não estejam agindo com seus métodos mais deletérios e/ou condutas de uma baixeza sem precedentes. A senda nunca é suficientemente estreita para impedir os caminhos e expedientes dessa gente e de suas coisas malsãs.
Exemplo disso são as publicações nas redes sociais realizadas pelos pretensos adversários na corrida eleitoral de 2024. Não que eu tenha buscado assistir aos vídeos. Muito antes pelo contrário. Os algoritmos acabaram me entregando de bandeja. Faltou-me servir um fettuccine ao molho funghi. E um vinho tinto. Para, ao menos, digerir tais conteúdos de uma maneira mais aprazível e digna.
O modus operandi é sempre muito parecido. Como num amargo pastiche do script do ex-capitão. Criam-se factoides e meias-verdades utilizando-se de cenários descontextualizados para propagar um pretenso desleixo político do governo. E, claro, com um acentuado grau de argumentos rasos e superficiais, bradando palavras de forte cunho/impacto popularesco e de soluções simplistas para a plateia encantada. O séquito, ato contínuo, parabeniza, reforça, e replica os ensinamentos, julgando haver profundidade. Sem se olvidar, obviamente, como se fosse a cereja do bolo, da indelével proteção divina que guiará os caminhos políticos e o expurgo dos supostos malbaratamentos. “Política não é assunto nem de deuses, nem de bestas”, diria o jurista Lenio Luiz Streck citando Aristóteles.
É inegável a diferença abissal da argúcia, esmero e requinte da atual política realizada no Município de Contagem em detrimento das questões trazidas pela oposição. Questões, absolutamente, tacanhas, diga-se. De baixíssimo nível. Dignas de ruborizar a face sob uma vergonha alheia e de ser tomado por um impulso incontrolável de buscar refúgio no que a vida tem de mais substancial, profunda e introspectiva.
Talvez essa seja a maior contenda dos tempos políticos atuais. Num tempo de personagens políticos estrondosos e caricatos. Obnubilados por seus devaneios e quimeras. Apegados em suas narrativas esdrúxulas e apocalípticas.
É momento de elucidar os caminhos para não deixarmos nos reger pelos espasmos obscurantistas que ameaçam a democracia e a nossa capacidade de clarividência.
A política pode enobrecer ou envilecer uma sociedade.
Só depende para quais fins será utilizada e de quão profunda será manuseada e projetada.
Lucas Corrêa Fidelis é advogado e servidor público.